Felizmente Há Luar de Luís de Sttau Monteiro
O livro de teatro que escolhi
para ler intitula-se Felizmente Há Luar,
do escritor Luís de Sttau Monteiro.
Felizmente Há Luar é um drama narrativo, de caráter social, que
segue os princípios do teatro épico, sendo este uma forma de teatro que observa criticamente a sociedade, mostrando assim a realidade com o fim de levar
o espetador a tomar uma decisão.
Este livro apresenta as
condições da sociedade portuguesa do século XIX e a revolta da população, ou
seja, tem um cenário político do século já referido. Assim, logo no início da
obra, observamos que apenas uma só personagem está muito iluminada, sendo esta Manuel, que pronuncia palavras de desagrado quanto à situação política do país.
Verificamos, nesta obra, a existência de uma personagem que tenta salvar a população mais pobre, sendo esta o
General Gomes Freire D´Andrade, mas este era
visto como um opositor pelos três governantes e, por isso, estes mandaram
executar o general sem provas de que tivesse cometido qualquer ato contra a Junta do Governo.
Ao longo de toda a história, verificamos um grande descontentamento perante a social e política do país, principalmente através da esposa do general, Matilde, a qual entra em cena toda vestida de negro,
questionando-se acerca das injustiças do mundo.
Aquando da morte de Gomes
Freire, Matilde imagina estar a ver o seu companheiro, dizendo-lhe que vestiu a
saia que ele lhe oferecera, enquanto ao fundo se vê o “clarão de uma fogueira”
para onde Matilde aponta afirmando ser a glória do general.
A peça termina com Matilde
afirmando que pensava que a execução era o fim mas que afinal era apenas o
início “aquela fogueira, António, há-de incendiar esta terra! Felizmente –
Felizmente Há Luar!”.
Em suma, na minha opinião, penso
que esta obra é bastante interessante, pois contém bastante conteúdo histórico
e ainda é uma peça de teatro de muito fácil de leitura.