Que Farei Com Este Livro?, de José Saramago
Neste segundo período, José Saramago será o primeiro escritor que vou ler para (re)conhecer a linguagem, o estilo e a qualidade.
Deste ilustre autor, tenho nas minhas mãos a obra – e proponho-me a lê-la - Que Farei Com Este Livro?.
A obra enquadra-se na modalidade da literatura o teatro – ou texto dramático.
Como
tal, espero uma obra que me deleite com os ecos da oralidade.
Analisando
a sua capa, esta é semelhante - senão igual - a muitas capas desta editora, no
que concerne a obras de José Saramago. Esta é vazia de conteúdo (apenas mostra
o título, o autor e a editora com seu pequeno slogan [“o Campo da palavra”]).
Assim
como a capa, sua contracapa não permite ter uma noção do que se trata a obra,
pois nem texto nem imagem se mostram.
Na minha opinião, a obra vale por si mesma,
não necessita de artifícios na capa nem na contracapa para mostrar a qualidade
da obra e foi isso que me cativou.
O título suscita-nos alguma curiosidade, este impele-nos a saber de que livro se trata e como se resolve este conflito.
Tendo em conta o título, sabe-se que a obra falará das dificuldades e do dilema que é a indecisão, de seja quem for, do que se irá fazer com o livro, talvez a publicação do mesmo? Só a leitura da obra na íntegra o dirá! Neste momento, encontro-me na página noventa e sete, no início do segundo ato.
Pelo que já li, o livro, que provoca tão grande dilema, trata-se da majestosa e ilustre obra Os Lusíadas, cujo autor, Luís Vaz de Camões, procura publicar quando volta da Índia e encontra obstáculos à divulgação da sua maior obra e, vendo-se impotente, sem proteção de algum padrinho das artes, comete a loucura de pedir ajuda ao rei, D. Sebastião, em plena praça pública.
A obra tem uma linguagem acessível, apesar de ser um registo cuidado, pois mistura-se a linguagem de corte - como, por exemplo, “entre Vossa Mercê” - com alguns termos particulares da náutica - como, por exemplo, “arribar” (que significa partir) - e ainda com outros termos do registo popular – como, por exemplo, “galera” (que neste caso não recebe o sentido brasileiro, significa, pois, “carros de bombeiros”). Torna-se, então, fácil reter a história e também por esta não ter a complexidade da prosa nem da poesia.
Tendo em conta o título, sabe-se que a obra falará das dificuldades e do dilema que é a indecisão, de seja quem for, do que se irá fazer com o livro, talvez a publicação do mesmo? Só a leitura da obra na íntegra o dirá! Neste momento, encontro-me na página noventa e sete, no início do segundo ato.
Pelo que já li, o livro, que provoca tão grande dilema, trata-se da majestosa e ilustre obra Os Lusíadas, cujo autor, Luís Vaz de Camões, procura publicar quando volta da Índia e encontra obstáculos à divulgação da sua maior obra e, vendo-se impotente, sem proteção de algum padrinho das artes, comete a loucura de pedir ajuda ao rei, D. Sebastião, em plena praça pública.
A obra tem uma linguagem acessível, apesar de ser um registo cuidado, pois mistura-se a linguagem de corte - como, por exemplo, “entre Vossa Mercê” - com alguns termos particulares da náutica - como, por exemplo, “arribar” (que significa partir) - e ainda com outros termos do registo popular – como, por exemplo, “galera” (que neste caso não recebe o sentido brasileiro, significa, pois, “carros de bombeiros”). Torna-se, então, fácil reter a história e também por esta não ter a complexidade da prosa nem da poesia.
Note-se
que a qualidade e a peculiaridade, fatores da excecionalidade de José Saramago
(que o tornam único), estão presentes nesta obra.
Para
quem queira lê-la, recomendo. Para quem não queira, eu sugiro que pensem de
novo, porque esta obra vale a pena ler!
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