segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Que farei com este livro? - José Saramago






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  O livro que li tem como título Que farei com este livro? e é da auditoria de José Saramago. É um texto dramático, onde José Saramago usa como título a pergunta feita por Camões ao contemplar a sua obra Os Lusíadas, por fim impressa.
  Foi esta pergunta que induziu José Saramago a escrever uma peça de teatro cuja ação decorre em Almeirim e Lisboa entre abril de 1570 e março de 1572, após a chegada de Luís de Camões a Lisboa, vindo da Índia e Moçambique.
   O livro conta com a participação de personagens históricas importantes daquela época.
   Em suma, gostei muito do livro, pois fiquei a conhecer os obstáculos que Camões teve de superar para publicar a sua grande obra. Recomendo este livro aos amantes da história nacional e àqueles que se interessam por textos dramáticos.
   Por curiosidade, a caligrafia que a capa apresenta é a do fadista Carlos do Carmo.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Don Giovanni ou O dissoluto absolvido, de José Saramago





Na obra, Don Giovanni é condenado ao inferno por ter seduzido 2065 mulheres, daí que o objecto da obra são os actos humanos considerados pecaminosos. O Comendador, depois de ser morto por Don Giovanni, aparece na casa dele em forma de estátua para o mandar para o inferno, mas não teve sucesso. Depois de saber o que Don Giovanni fez a seu pai, Dona Ana juntamente com seu marido Don Octávio e sua amiga Dona Elvira foi à casa dele. Para se livrar daquela situação, Don Giovanni matou Don Octávio, ficando sozinho na casa. É surpreendente, no entanto, que Don Giovanni não tenha um final triste, pois este fica com Zerlina, a mulher de Masetto.
Particularmente gosto do livro, pois retrata de como o ser humano tenta sempre achar uma saída para as causas das suas acções de forma fácil e cruel.

As intermitências da morte

As Intermitências da Morte

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As Intermitências da Morte é um livro do escritor português, cujo nome é José Saramago.O livro foi publicado em 2005, possui 214 páginas e relata a ausência da morte.
"No dia seguinte ninguém morreu" é a frase com que José Saramago inicia a sua obra. Posso dizer que o romance em si é «chamativo» e que obriga o leitor a refletir sobre o mesmo, o que não será muito difícil, pois o tempo histórico corresponde à atualidade.
Há uma interrogação no livro que me chamou à atenção e me deixou a pensar, "Será que a morte é um dos nossos pesadelos?". Na minha opinião e de acordo com o conteúdo do livro parece, digamos assim, que a morte é uma sorte do ser humano e do ser animal. A morte é essencial. Claro que ninguém quer morrer, mas há alturas em que o ser vivo já não possui forças para continuar a lutar, por exemplo, quando uma pessoa sofre um acidente grave, ficando impedida de andar, de comer sozinha, ou seja, fica dependente de alguém. No livro há vários exemplos que nos ajudam a entender o porquê de a morte ser tão «especial». Se ninguém morrer, haverá discussões, ainda mais crise, a sociedade ficará insuportável devido a motivos óbvios. A ausência da morte provocará preocupações em vários setores e empresas, nomeadamente, na igreja, nas funerárias e no setor da saúde. Sem a morte, a ressuscitação deixa de ter sentido, o que, por sua vez, fará com que as pessoas deixem de acreditar em Deus. Haverá um agravamento significativo na saúde, os hospitais ficarão sem lugar para recolher todas as pessoas que necessitam de cuidados médicos.
De facto, se isso realmente acontecesse, seria muito triste, as pessoas podiam ter o acidente mais grave do mundo e mesmo assim não morriam. Imaginem como seria viver sem poder andar, com órgãos à mostra e ligados às máquinas... Incrível como o livro me arrepia só de imaginar essas coisas!
Mais não direi.. aconselho-vos a ler. É certo que não se arrependerão.

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Aventuras de João Sem Medo


O autor deste livro é José Gomes Ferreira. O livro trata-se de um romance de modo narrativo.
Como o próprio título da obra refere, o livro é sobre as aventuras de João Sem Medo que decorrem ao longo da ação. Neste romance predomina a efabulação, isto é, a história tem um fundo surrealista, abordando um "mundo desumano", que retrata muita magia, bruxaria, fadas, etc.
Recomendo muito este livro, porque acho muito engraçados os desafios que João Sem Medo enfrenta desde o início da história até ao fim sempre sem desistir e nunca perder a fé e a esperança, levando-nos a pensar sobre muitas coisas da vida, pois o receio faz-nos desistir de muitas coisas, ao contrário do João Sem Medo.

domingo, 11 de novembro de 2018

O Ano da morte de Ricardo Reis -José Saramago



  O Ano da Morte de Ricardo Reis 




Esta obra remete-nos ao ano de 1936 , apresentando como personagem principal Ricardo Reis, um dos heterónimos de Fernando Pessoa. Ricardo Reis é portador de nacionalidade portuguesa, médico de clínica geral, que, após a sua emigração para o Brasil, descobrira uma paixão por doenças tropicais, aperfeiçoando assim os seus conhecimentos em relação à mesma. Caracteriza-se como uma pessoa solitária, contudo revela tendências para a imaginação.
É  no Cemitério dos Prazeres, já em Portugal, que Ricardo Reis é recebido com a notícia da morte de Fernando Pessoa, retornando depois ao Hotel Bragança, onde se encontra hospedado. É no primeiro dia do ano que Ricardo Reis é surpreendido pelo aparecimento do fantasma de Fernando Pessoa, que lhe explica que apenas tem oito meses para dialogar com ele, pois a morte é tal como estar no ventre da mãe e oito meses é o tempo exacto que demora um morto a ser esquecido. É no Hotel Bragança que a atenção de Ricardo Reis é fortemente despertada por Marcenda, uma jovem burguesa com um braço paralisado, que aparenta ser muito familiarizada com o hotel, e pela qual desenvolve uma paixão platónica.  e Lídia, uma empregada do hotel, pela qual desenvolve um amor carnal .
Ao longo da obra, José Saramago descreve em pormenor a vivência numa sociedade onde ocorre a necessidade de transparecer o retrato idílico de um pais perfeito, onde o Salazarismo começa a fazer efeito. Nesta obra também são elaboradas teses sobre os erros da sociedade do século XX e do egocentrismo dos cidadãos que nesta habitam. Simultaneamente, é feito um paralelismo com outros países, tais como a Espanha e o Brasil. É na grande Lisboa que Ricardo Reis vem a morrer, numa Lisboa cinzenta e impiedosa, a condizer com o ambiente de suspeição e desconfiança do Estado Novo, sendo esta uma cidade mesquinha, coscuvilheira, que se intromete na vida dos outros. Como exemplo, temos o que se passa no Hotel Bragança, onde inicialmente se hospedou Ricardo Reis, e no apartamento que acabou por arrendar na rua de Santa Catarina, sendo a única coisa boa deste local a vista sobre o Tejo, visto que é nos apresentado um país de pobres, com falta de trabalho e onde impera o culto religioso e político e todos os seus instrumentos propagandistas.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Manhã Submersa- Vergílio Ferreira


MANHÃ SUBMERSA





O autor deste romance é Vergílio Ferreira. Este livro é baseado em aspetos autobiográficos dos tempos de adolescência do autor no Seminário. É um romance um pouco triste e cruel que retrata a vida de um conjunto de seminaristas vindos de famílias pobres Seminarista à força, António Borralho sofre a obrigação de uma vocação que não sente, pressionado pela mãe que sonha com uma velhice mais confortável a níveis económico.
 Estou a gostar muito de ler este livro, pois retrata uma parte mais obscura e difícil na vida dos seminaristas. O livro contém uma linguagem acessível. 
por todos estes aspetos, recomendo a leitura deste livro.






A Cidade e as Serras- Eça de Queirós

A Cidade e as Serras





Este livro é de autoria de Eça de Queirós. Trata-se de um livro do modo narrativo em que o género é o romance. Este livro foi escrito numa época em que Eça de Queirós se afasta do realismo e abandona o seu estilo crítico à sociedade da época. Esta obra é sobre dois homens, em que um deles, embora natural de Portugal, estava a residir em Paris (Jacinto) e o outro, residente em Portugal, foi a Paris visitar o seu amigo (Zé Fernandes). 
A história estende-se por uma longa jornada dos dias de ambos em Paris, em que parecia que o Jacinto tinha esquecido a sua terra e que não queria voltar a Portugal, mas Zé Fernandes tinha sempre Portugal no seu pensamento. Até que certo dia isto mudou, Jacinto viu-se aborrecido em Paris e farto das mesmas coisas. Certo dia ele recebeu uma carta de Tormes, que exigia que voltasse à sua terra, e para minha surpresa, ele ficou feliz por ter de voltar. Na sua longa viagem de regresso a Portugal houve alguns precalços. Passado algum tempo, Jacinto vê-se com um dilema entre mãos, se volta para Paris ou se fica em Portugal. 
Eu, em particular estou a gostar de ler este livro porque faz-nos refletir acerca da vida.,Faz-me pensar que ter tudo nem sempre é a melhor opção, por vezes quanto mais simples melhor. A vida de Jacinto em Tormes, muito mais simples e sem os luxos que tinha em Paris, acaba por o fazer muito mais feliz do que quando vivia na capital francesa.
Apesar de ter tido alguma dificuldade em perceber o assunto do livro, devagarinho cheguei lá, em particular escolhi ler este livro tanto pelo seu título como pelo seu autor.