Mário de Sá-Carneiro foi um poeta, contista e ficcionista português do fim do século XIX e início do século XX. Foi um dos grandes representantes do modernismo em Portugal e um dos mais conhecidos escritores membros da revista literária Orpheu, a qual integrou juntamente com o seu grande amigo Fernando Pessoa.
A sua poesia caracteriza-se sobretudo pela presença da melancolia e da insatisfação pessoal perante a sua vida. Anseia e busca a dispersão, sendo isso possível de interpretar nos seus poemas.
O narcisismo é outra característica dos seus poemas, narcisismo esse que pode ser considerado resultado das suas carências emocionais que o conduziram à sensação de solidão.
A incapacidade de viver aquilo que idealizava, visível sobretudo no poema "Quási", a insatisfação face ao presente e o tom sombrio sobressaem nos seus poemas.
Gostei muito de ler e analisar os poemas de Mário de Sá-Carneiro. Identifiquei-me com algumas das suas sensações, como por exemplo, o sentimento de incapacidade pessoal.
Muitos poetas possuem também este tom melancólico e deprimente, mas, na minha opinião, no caso de Mário de Sá-Carneiro, o mesmo traduzia isso de uma forma diferente, mais subtil, mas ao mesmo tempo mais real e mais fácil de ser compreendida, chegando até ao ponto de me causar empatia.
Recomendo genuinamente a leitura dos poemas deste escritor.
Sem comentários:
Enviar um comentário