O livro que estou presentemente a ler tem como título Esteiros, sendo Soeiro Pereira Gomes o seu autor.
Em primeiro plano o livro mostra-nos que existe uma fábrica que irá fechar por estar a enfrentar uma crise. Aí trabalham algumas crianças para que depois pudessem receber o dinheiro merecido. Alguns queriam poupar este dinheiro para o futuro, outros gastá-lo-iam na feira que existia nos arredores. Ora João é uma das crianças que trabalhava nessa fábrica e é ele que, a meu ver, vai ser a personagem à qual o livro vai dar ênfase.
Madalena, a mãe de João e antiga tecedeira, está muito doente e o seu marido, o Pedro, está longe da família pois tinha de os sustentar e, dada a situação económica da família, João, que queria tanto estudar, não pôde realizar o seu sonho e teve de trabalhar na fábrica.
O pai escrevia para a família em cartas, e nessas cartas sente-se o desejo ardente que filho seja bem sucedido na vida, sendo o desejo do pai que o filho se torne doutor, mas Madalena não estava a conseguir que o filho estudasse para ser doutor.
Um dia Madalena e o seu filho foram ter com o pai de um amigo de João, o Arturinho; o pai do Artur era rico e Madalena foi pedir-lhe que empregasse o filho na sua fábrica; enquanto a mãe falava com o "ricaço", o filho brincava com Arturinho mas com cada vez menos vontade, pois via que o amigo podia estudar e ter todos os brinquedos que queria e ele não tinha dinheiro nem para comprar um par de botas.
Este é o livro que retrata a pobreza que os nossos pais e avós viveram. Pensemos nas pessoas que gostariam de aprender e não podiam pois a condição financeira da família não permitia e tinham de trabalhar já desde a infância.
No meu ponto de vista, isto é um apelo aos jovens de hoje em dia para estudarem, para "agarrarem" as oportunidades que lhes são disponibilizadas e para nunca desistirem e é por esta a mensagem que eu gosto deste livro, para além os diferentes vocábulos pouco usuais (segundo o meu entendimento) e da precisão em retratar a pobreza daquele tempo.
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ResponderEliminarÉ um livro muito bom, gosto bastante da mensagem que transmite, bem como o seu apelo, aposto que é uma explosão de incentivo educacional. Escolhes-te muito bem o livro. É muito bom o facto de ter palavras poucos usadas, porque assim alargas teu conhecimento de palavras, assim por dizer, "caras".
ResponderEliminarIncentivo-te a continuares a ler, sei que não precisas, mas incentivo ninguém recusa. boa leitura!
António acho que o livro tem tudo haver contigo. Pelo resumo que li é muito interessante e empolgante.
ResponderEliminarQuanto há liguagem utilizada no livro acho que quanto mais "caras" as palavras mais interessannte fica o livro.
Estou pensando seriamente em ler o livro.
Boa Leitura e boa compreensão. :)
Tiago, 'escolhes-te' é diferente de 'escolheste'. Vê se detetas a diferença :)
ResponderEliminarMatilde, a expressão que significa 'estar relacionado com' é 'ter a ver'; 'Quanto há linguagem' - 'há', do verbo 'haver'? ;)
Pois é professora. Foi distracção da minha parte.
EliminarAntónio comungo do relacionamento que fazes da obra com o que foi a adolescência e a vida escolar dos pais de muitos de nós, antes mesmo de ler o parágrafo no qual fazes a comparação estava a pensar no mesmo.
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