sábado, 25 de janeiro de 2014

Estrelas Funestas, Camilo Castelo Branco.

Esta obra de Camilo Castelo Branco, Estrelas Funestas, é classificada pelo autor como um romance.
A sua história relaciona-se com duas famílias, a de Maria das Dores e a de Gonçalo Malafaia. Estes eram primos, mas já desde muito novos estavam prometidos em casamento um ao outro por seus pais («desde menino, estava o seu casamento pactuado»), quando ambos completassem os seus catorze anos. 
Com o passar dos anos, Maria e Gonçalo conheceram outras pessoas, e ambos se apaixonaram por elas. Gonçalo, por uma dama lisbonense e Maria das Dores por um outro cavalheiro.

Um dia, Gonçalo decidiu pedir a seus pais autorização para se casar com a dama de Lisboa, a sua verdadeira amada, mas seus pais recusaram,  pois desde o seu nascimento que ele estava contratado para se casar aos catorze anos com sua prima D. Maria das Dores. A razão da primeira recusa foi evitar um disputa por causa do contrato feito entra as duas famílias; a segunda, a ligação das duas famílias, através de nove gerações, desde 1530; como terceira razão, a «palavra dada entre fidalgos» (p.12-13).

Anos depois do casamento, Maria e Gonçalo tiveram uma filha, Maria Henriqueta, que, aos oito anos era «tão linda (...) melancólica e meiga» (p.30).
Apesar de ambos não se amarem, o seu casamento deu fruto. 

Maria Henriqueta adorava o seu pai, pois a sua mãe era má, não sabia lidar com ela e invejava a relação entre pai e filha. Assistiu a muitas discussões entre ambos e muitas vezes foi ela quem as travou, tendo numa dessas vezes oferecido o seu próprio rosto para que a mãe a esbofeteasse como castigo. Seu pai, para mudar a vida de sua filha, enviou-a para uma instituição, onde ficou a estudar, a fim de não levar a vida com aquela sua mãe, como o seu pai levou. 
Maria e Gonçalo acabam por se separar, pois ele estava cansado de levar aquela vida com essa mulher «diabólica» e por ordem de seu pai. Este reagiu dizendo: «Fez-me o casamento, pai, - disse Gonçalo - e quer desfazer-mo agora!...» (p.44)


quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Que Farei Com Este Livro?, de José Saramago


Que Farei Com Este Livro?, de José Saramago



Neste segundo período, José Saramago será o primeiro escritor que vou ler para  (re)conhecer a linguagem, o estilo e a qualidade. 
Deste ilustre autor, tenho nas minhas mãos a obra – e proponho-me a lê-la - Que Farei Com Este Livro?
A obra enquadra-se na modalidade da literatura o teatro – ou texto dramático.
Como tal, espero uma obra que me deleite com os ecos da oralidade.
Analisando a sua capa, esta é semelhante - senão igual - a muitas capas desta editora, no que concerne a obras de José Saramago. Esta é vazia de conteúdo (apenas mostra o título, o autor e a editora com seu pequeno slogan [“o Campo da palavra”]).
Assim como a capa, sua contracapa não permite ter uma noção do que se trata a obra, pois nem texto nem imagem se mostram.
Na minha opinião, a obra vale por si mesma, não necessita de artifícios na capa nem na contracapa para mostrar a qualidade da obra e foi isso que me cativou.
O título suscita-nos alguma curiosidade, este impele-nos a saber de que livro se trata e como se resolve este conflito. 
Tendo em conta o título, sabe-se que a obra falará das dificuldades e do dilema que é a indecisão, de seja quem for, do que se irá fazer com o livro, talvez a publicação do mesmo? Só a leitura da obra na íntegra o dirá! Neste momento, encontro-me na página noventa e sete, no início do segundo ato. 
Pelo que já li, o livro, que provoca tão grande dilema, trata-se da majestosa e ilustre obra Os Lusíadas, cujo autor, Luís Vaz de Camões, procura publicar quando volta da Índia e encontra obstáculos à divulgação da sua maior obra e, vendo-se impotente, sem proteção de algum padrinho das artes, comete a loucura de pedir ajuda ao rei, D. Sebastião, em plena praça pública.
A obra tem uma linguagem acessível, apesar de ser um registo cuidado, pois mistura-se a linguagem de corte - como, por exemplo, “entre Vossa Mercê” - com alguns termos particulares da náutica - como, por exemplo, “arribar” (que significa partir) - e ainda com outros termos do registo popular – como, por exemplo, “galera” (que neste caso não recebe o sentido brasileiro, significa, pois, “carros de bombeiros”). Torna-se, então, fácil reter a história e também por esta não ter a complexidade da prosa nem da poesia.
Note-se que a qualidade e a peculiaridade, fatores da excecionalidade de José Saramago (que o tornam único), estão presentes nesta obra.
Para quem queira lê-la, recomendo. Para quem não queira, eu sugiro que pensem de novo, porque esta obra vale a pena ler!

Navegações, de Sophia de Mello Breyner Andresen

Navegações
Navegações é um livro de poemas de uma escritora e poetisa muito conhecida, a famosa Sophia de Mello Beyner Andresen, publicado em 1983.
Escolhi este livro pelo seu título e pela sua muito conhecida autora.
O livro conta, em poemas, alguns dos descobrimentos dos portugueses como: o dobrar do cabo das tormentas, por Bartolomeu Dias, e o descobrimento do caminho marítimo para a Índia, por Vasco da Gama.
Num dos muitos poemas a autora cita Dante.


segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Aparição, de Vergílio Ferreira

A Aparição é um livro de um grande escritor português, Vergílio Ferreira, e foi publicado em 1959.
Escolhi este livro pela fama do escritor. Foi isso que me suscitou curiosidade em ler.
No terceiro período, iremos dar esta obra na disciplina de Literatura Portuguesa e sendo assim irá ajudar, de certa forma, a compreender a história.
Pelo que já li,o livro é interessante, retrata a vida de um professor de latim e português chamado Alberto Soares que refete sobre o sentido da vida perante a inevitabilidade da morte.
Ele conta a sua história quando esteve em Évora a dar aulas, no seu primeiro ano de serviço como professor.


quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

a máquina de fazer espanhóis, de valter hugo mãe






Este livro narra a história de antónio silva, um octogenário que, após a morte da esposa, Laura, com quem partilhara a vida por quase cinquenta anos, é colocado, contra a sua vontade, num lar de idosos. Através de uma narração em primeira pessoa, vamos conhecendo os diversos utentes do lar (bem como os seus funcionários, de entre os quais se destaca, pela simpatia e cuidado, américo) e as suas histórias de vida que se aproxima do fim. 

Trata-se de uma reflexão comovente sobre a impotência e o abandono da velhice: «estar para ali metido, naqueles primeiros tempos, era literalmente como se me quisessem matar e não tivessem coragem por optar por um método mais rápido. um método mais rápido que seria seguramente uma maior honestidade, pensava eu. punham-me aqui e deixavam que me finasse segundo a segundo longe dos seus olhos. e eu não entendia como não havia de parar o coração só à força daquela tristeza, porque vivia dentro de um lugar onde pedia para morrer a qualquer bulício em meu redor»

Até ao momento, ainda não foi possível compreender o título deste romance de valter hugo mãe, vencedor, entre outros, do Prémio José Saramago, em 2007. Curiosamente, o estilo deste autor apresenta algumas semelhanças com o estilo de José Saramago, nomeadamente na questão da pontuação nos diálogos. Outra peculiaridade da escrita deste autor é a abolição total das maiúsculas, numa tentativa de aproximar a escrita da oralidade, já que, segundo valter hugo mãe, «as pessoas não falam com maiúsculas».

Artigo «As grandes minúsculas de valter hugo mãe»: http://visao.sapo.pt/as-grandes-minusculas-de-valter-hugo-mae=f545016

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Manhã Submersa, Vergílio Ferreira.

                Este livro Manhã Submersa, de Vergílio Ferreira é um romance baseado na vida do autor, durante a sua adolescência. É considerado um livro autobiográfico.
Foi o título do livro que me cativou a sua escolha, pois pensei que tivesse a ver com o mar.
Manhã Submersa retrata a história da vida do autor e de vários dos seus colegas como seminaristas, oriundos de famílias mais desfavorecidas que seguiram o caminho do seminário, o qual era o mais favorecido, embora tivesse muitas limitações. É uma história um pouco triste, porque o autor não seguiu a sua carreira desejada, tendo sido obrigado a seguir a eclesiástica, para melhorar as condições de vida da família e sentia saudades da mesma.
Embora o livro não seja o que eu esperava, estou a gostar de o ler e o interpretar. Aprendi certos termos seminaristas como púlpito, uma tribuna onde os sacerdotes pregam, garnacha, a vestimenta de sacerdotes e magistrados, entre outros.
É pouco complexo, porém tem várias palavras cujo significado desconhecia, o que não deixou de permitir a fácil interpretação do mesmo.

domingo, 8 de dezembro de 2013

As Intermitências Da Morte


   
.

As Intermitências da Morte é um livro do escritor português  José Saramago publicado em 2005.
Escolhi este livro pelo título, que me despertou a atenção e pelo facto de ter sido escrito por um escritor muito reconhecido em Portugal e no mundo.

É um livro muito complexo, sendo necessária muita concentração para perceber as críticas do escritor.
Gostei muito de o ler porque, além de conter uma história interessante e muito curiosa, é uma reflexão acerca sobre o sentido da vida e da morte.
A obra começa com a frase "No dia seguinte ninguém morreu": no início de um novo ano, num país sem nome, a população deixa de morrer, por muito enferma ou idosa que esteja.
A morte nesta obra desempenha o papel de personagem principal.