segunda-feira, 11 de março de 2019

Auto da Índia, de Gil Vicente

Auto da Índia

                                                     

Este livro de Gil Vicente intitula-se  Auto da Índia. É um livro de teatro e é a primeira farsa deste autor tal como a primeira da literatura portuguesa.
Esta farsa foi representada pela primeira vez em 1509, em Almada, perante a rainha D. Leonor. 
Este auto começa por nos apresentar a Ama, cujo marido partira numa embarcação à procura de fortuna, embarcação esta cujo retorno não era esperado. Assim, na ausência do marido, a Ama mantém relações extraconjugais com dois amantes: enquanto estava com um, o outro esperava do lado de fora da janela ou na cozinha, alternadamente. A Moça é uma personagem importante desta farsa, pois tem o papel de confidente e cúmplice de Constança (Ama): é ela quem guarda segredo das relações que a Ama mantém com outros homens e também é ela quem a avisa que a embarcação estava de regresso e que o seu marido estava vivo. Ouvindo isto, a Ama manda os seus amantes embora, apesar de contrariada. Assim, ela enche-se de  uma falsa felicidade e recebe o seu marido com enorme alegria, dizendo-lhe que, na sua ausência, sofrera tanto que nem comera e que tinha sentido imenso a sua falta. Por seu lado, o marido, que voltara sem ter alcançado a riqueza ambicionada, conta as dificuldades por que tinha passado no Oriente. E assim o casal prosseguiu a sua vida como nada tivesse acontecido.
Recomendo vivamente este livro . Talvez tenha sido o de que mais gostei até agora, devido ao seu enredo.